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Ricardo Moretzsohn, presidente do Conselho Federal de Psicologia e Coordenador Nacional da Comissão Contra o Projeto de Lei do Ato Médico

O Projeto ainda define a preponderância do médico na chefia e liderança das equipes de saúde, como se o saber médico estivesse acima das demais profissões. É uma busca por reserva de mercado declarada.
Não somos contra a regulamentação da profissão dos médicos. Achamos que esta regulamentação é legítima, que isso fique claro. Mas não da forma como está se buscando fazer, por meio de um projeto de lei que defende interesses meramente corporativos, sem qualquer compromisso com a saúde pública e com as conquistas de multidisciplinaridade na saúde do próprio SUS brasileiro.
Não podemos dizer como deveria ser uma legislação correta para regulamentar a profissão dos médicos. Cabe aos médicos dizerem de si. Mas, antes desta regulamentação, creio que o projeto deva estar aberto a um debate público, onde se possa falar sobre inferências em relações de trabalho, no cuidado com a saúde, sobre atos coletivos no trato à vida. E, antes de tudo, onde se fale em respeito e reconhecimento a todos os saberes profissionais: médicos e não-médicos.

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